A Petrobras reduziu o preço do querosene de aviação nas refinarias em 7,86 por cento no início de junho, marcando um movimento importante para o setor aéreo e toda a cadeia logística brasileira. A diminuição no preço do querosene de aviação impacta diretamente os custos operacionais das companhias aéreas, o que pode representar uma trégua no aumento das passagens aéreas, que vinham sofrendo pressão por conta da alta nos combustíveis. Essa decisão da Petrobras segue uma tendência de ajustes que têm ocorrido nos mercados globais de energia, influenciados por fatores como o preço do petróleo e a variação cambial.
A nova tabela de preços da Petrobras, que entrou em vigor no dia 1º de junho, contempla não apenas a redução no valor do querosene de aviação, mas também mostra um reposicionamento da empresa diante da demanda do setor aéreo, que tem cobrado maior previsibilidade nos custos. O querosene de aviação representa uma das maiores parcelas de despesa das companhias aéreas, especialmente em países com dimensões continentais como o Brasil. A queda no preço do querosene de aviação pode estimular uma retomada mais robusta das rotas regionais, hoje impactadas pela baixa rentabilidade.
Segundo analistas do setor energético, a redução no preço do querosene de aviação nas refinarias da Petrobras está alinhada com a tendência de valorização do real frente ao dólar e com a queda no barril do petróleo tipo Brent no mercado internacional. A política da Petrobras para os combustíveis considera essas oscilações, e o preço do querosene de aviação segue essa lógica de mercado, ainda que com margem de flexibilidade interna. A empresa reforçou que mantém sua política de preços baseada em critérios técnicos e comerciais, evitando repasses automáticos que possam prejudicar sua competitividade.
O impacto da queda no preço do querosene de aviação também pode ser sentido no mercado de turismo. Com a possível estabilização das tarifas aéreas e a retomada da oferta de voos, destinos que estavam fora do radar do grande público podem voltar a ter mais atratividade. A redução no preço do querosene de aviação, portanto, tem efeitos em cadeia que vão além do setor aeronáutico, movimentando também hotelaria, serviços, alimentação e a economia das cidades turísticas. Esse movimento é considerado estratégico em um momento de recuperação do setor de turismo pós-pandemia.
A Petrobras tem sido cobrada por agentes do setor aéreo e por representantes do governo para manter os preços do querosene de aviação em níveis competitivos, principalmente como forma de incentivar a conectividade aérea regional. A recente queda no preço do querosene de aviação é vista como uma resposta concreta a essas pressões, e pode abrir espaço para novos diálogos entre a Petrobras, companhias aéreas e autoridades. A manutenção dessa política de alinhamento com o mercado internacional, sem perder de vista os interesses internos, será crucial para o futuro do setor.
Vale lembrar que o querosene de aviação é um derivado do petróleo altamente sensível às variações externas, mas também pode ser afetado por decisões de gestão interna da Petrobras. A redução no preço do querosene de aviação em junho demonstra que há espaço para ajustes que levem em consideração a realidade do consumidor final, das empresas e da infraestrutura brasileira. Essa decisão da Petrobras reforça sua importância estratégica como fornecedora principal do combustível utilizado por toda a aviação nacional.
O mercado observa com atenção os desdobramentos da nova política de preços da Petrobras, especialmente no que diz respeito ao querosene de aviação. Uma política de preços mais estável e transparente pode ser benéfica para o setor aéreo como um todo, reduzindo o risco para investimentos e permitindo maior previsibilidade na operação das empresas. A queda recente no preço do querosene de aviação pode ser o início de uma nova fase nas relações entre a Petrobras e o setor de transporte aéreo, com mais equilíbrio e diálogo.
Em resumo, a Petrobras sinaliza com a redução do preço do querosene de aviação que está atenta às necessidades de um dos setores mais sensíveis da economia nacional. A medida, que pode parecer pontual, tem efeitos estruturais e estratégicos para o país, impactando desde o bolso dos passageiros até os planos de expansão das companhias aéreas. O mercado agora espera que essa tendência se mantenha nos próximos meses, criando um ambiente mais saudável e competitivo para a aviação brasileira.
Autor: Anahid Velazquez