O exercício físico é uma das estratégias mais eficazes para preservar a saúde mental e promover bem-estar. De acordo com Gustavo Luiz Guilherme Pinto, presidente do IBDSocial, a movimentação corporal regular atua como uma forma natural de tratamento complementar, reduzindo os sintomas da ansiedade e da depressão. Além de melhorar o humor e a disposição, o exercício fortalece a autoconfiança e favorece o equilíbrio emocional, elementos fundamentais para uma vida saudável e produtiva.
O impacto do movimento sobre o cérebro e as emoções
A ciência tem demonstrado que o corpo e a mente funcionam de maneira integrada. Segundo Gustavo Luiz Guilherme Pinto, a prática de atividades físicas estimula a liberação de neurotransmissores como endorfina, dopamina e serotonina, substâncias que regulam o humor e reduzem o estresse. Esse mecanismo natural melhora o sono, diminui a fadiga e ajuda o organismo a lidar melhor com situações de tensão.
Durante o exercício, há também uma queda significativa na produção de cortisol, o hormônio associado à sobrecarga emocional. Essa redução proporciona sensação de relaxamento e clareza mental. O simples ato de caminhar, pedalar ou praticar alongamentos já é capaz de desencadear reações químicas positivas no cérebro, contribuindo para a estabilidade emocional e o controle da ansiedade.
O papel do exercício na prevenção e no tratamento da depressão
A depressão é uma condição multifatorial que requer acompanhamento médico e psicológico, mas o movimento tem papel essencial na recuperação. Gustavo Luiz Guilherme Pinto destaca que o exercício físico ajuda o indivíduo a reconquistar o senso de propósito e a autoestima, fatores frequentemente comprometidos durante os episódios depressivos.

Ao se exercitar, a pessoa ativa áreas cerebrais relacionadas ao prazer e à motivação, criando uma resposta fisiológica que combate a apatia e o desânimo. Além disso, o contato com outras pessoas em ambientes esportivos promove a convivência social e reduz o isolamento, um dos principais agravantes da depressão. Pequenos avanços diários nos treinos fortalecem a confiança e reforçam a sensação de progresso, mesmo fora do ambiente esportivo.
Tipos de exercícios e frequência recomendada
Não existe uma fórmula única para usufruir dos benefícios mentais do exercício. Conforme Gustavo Luiz Guilherme Pinto, o ideal é escolher uma atividade que desperte prazer e possa ser praticada de forma contínua. Caminhadas, corridas leves e ciclismo são excelentes opções para controlar a ansiedade, enquanto yoga, pilates e meditação em movimento auxiliam na respiração e na concentração.
Para que os efeitos sejam duradouros, a Organização Mundial da Saúde recomenda cerca de 150 minutos de atividade física moderada por semana. Essa regularidade garante que o corpo mantenha níveis estáveis de neurotransmissores e reduza significativamente o impacto do estresse no sistema nervoso. A constância, mais do que a intensidade, é o que garante o equilíbrio emocional.
Movimento como fonte de autocuidado e propósito
Sob a perspectiva de Gustavo Luiz Guilherme Pinto, o exercício deve ser entendido como um espaço de pausa e reconexão, e não como obrigação. Durante o treino, a atenção ao corpo ajuda a silenciar a mente e a cultivar presença. Esse momento de foco e respiração consciente permite que o praticante desenvolva autocontrole, paciência e resiliência, habilidades valiosas também fora do ambiente esportivo.
Dessa forma, a prática regular cria uma rotina de bem-estar que se estende a todos os aspectos da vida. Cuidar da saúde mental por meio do corpo é um gesto de autoconhecimento e disciplina. Em última análise, o exercício físico oferece uma das formas mais seguras, acessíveis e eficazes de restaurar o equilíbrio interior e construir uma mente mais leve e estável.
Autor: Anahid Velazquez

