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O que é due diligence: O avaliador de riscos financeiros em fusões e aquisições

Carlos Eduardo Rosalba Padilha explica como a due diligence reduz riscos em M&A.

Ao considerar uma fusão ou aquisição, realizar uma análise minuciosa das finanças da empresa-alvo é essencial para o sucesso da transação. Como elucida Carlos Eduardo Rosalba Padilha, especialista em operações societárias e avaliação contábil, a due diligence financeira é uma etapa estratégica, que permite identificar riscos ocultos, passivos não contabilizados e inconsistências que podem impactar diretamente o valor da operação.

A due diligence financeira é mais do que uma revisão de documentos contábeis. Trata-se de um processo detalhado que oferece segurança para compradores, investidores e stakeholders, evitando surpresas negativas após a assinatura do contrato. 

A seguir, veja como funciona essa análise com eficiência e quais riscos devem ser cuidadosamente avaliados.

O que é due diligence e por que ela é tão importante em Merger and Acquisitions (M&A)?

A due diligence, ou diligência prévia, é uma investigação técnica e jurídica realizada antes da concretização de uma transação, de uma fusão ou aquisição dentro de empresas. Essa análise tem como objetivo verificar a real situação financeira, fiscal, trabalhista, jurídica e operacional da empresa em negociação, identificando os riscos contábeis e entender a saúde econômica da organização. Como aponta Carlos Padilha, é nesse momento que o comprador ganha clareza sobre o que está adquirindo, além de ferramentas para negociar melhor o preço e os termos do contrato.

Durante o processo de due diligence, diversos fatores devem ser cuidadosamente analisados. Entre os principais estão:

  • Dívidas bancárias e passivos tributários;
  • Contingências fiscais, trabalhistas e cíveis;
  • Fluxo de caixa histórico e projeções futuras;
  • Composição do capital de giro;
  • Existência de contratos financeiros complexos ou restritivos.

A avaliação de riscos financeiros deve ser feita com base em documentos atualizados, cruzamento de informações e entrevistas com os responsáveis pela área financeira da empresa. A partir deste processo é possível não apenas identificar riscos, mas também avaliar o impacto financeiro e jurídico que eles podem representar no curto, médio e longo prazo.

Para Carlos Eduardo Rosalba Padilha, a due diligence é peça-chave na avaliação de negócios.
Para Carlos Eduardo Rosalba Padilha, a due diligence é peça-chave na avaliação de negócios.

Como evitar prejuízos com uma due diligence eficiente?

Muitos prejuízos em fusões e aquisições poderiam ser evitados com uma due diligence financeira mais rigorosa. Isto concerne em saber quais perguntas fazer, pois em uma análise superficial pode deixar de fora passivos contingentes ou práticas contábeis inadequadas, que, mais tarde, geram divergências entre as partes ou exigem revisões no contrato.

Assim como ressalta o especialista Carlos Padilha, a chave para uma due diligence eficaz está na profundidade e na objetividade da análise. Envolver profissionais experientes, utilizar ferramentas de auditoria e manter um olhar crítico durante a avaliação são medidas essenciais para proteger os interesses do comprador.

Ademais, é importante compreender que a due diligence não se limita à identificação de riscos, mas também contribui para o planejamento da integração pós-aquisição, oferecendo uma visão estratégica da empresa adquirida.

Qual o papel estratégico da contabilidade e do setor financeiro na due diligence?

Tanto a contabilidade quanto o setor financeiro exercem um papel decisivo para o sucesso da due diligence. Demonstrativos contábeis confiáveis, relatórios financeiros precisos, balanços auditados e controles internos eficazes são indicativos de boa governança e gestão profissional por parte da empresa. A sinergia e precisão dessas duas áreas permite uma análise mais profunda e integrada da real situação econômico-financeira do negócio.

Conforme frisa Carlos Eduardo Rosalba Padilha, um dos maiores erros em processos de M&A é desconsiderar a importância de informações contábeis e financeiras estruturadas. Quando esses dados são falhos ou inconsistentes, pode aumentar os riscos da transação e da negociação. Por isso, é essencial trabalhar com dados sólidos, indicadores de desempenho confiáveis e uma visão clara dos fluxos financeiros.

Por que fazer uma due diligence?

Realizar uma due diligence financeira eficiente é um passo obrigatório para quem busca realizar uma fusão ou aquisição com segurança. A identificação antecipada de riscos permite decisões mais acertadas, evita prejuízos e fortalece a base para uma negociação sólida.

O especialista Carlos Padilha sugere que, empresas que tratam essa etapa com o devido cuidado além de proteger seus investimentos, também ganham vantagem competitiva no mercado, pois demonstram preparo, visão e responsabilidade na condução dos negócios. Assim, a due diligence se consolida como uma das ferramentas mais valiosas nas transações empresariais.

Autor: Anahid Velazquez