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Dia da Aviação de Reconhecimento: Os olhos vigilantes do céu

Dos balões usados na Guerra do Paraguai, em 1867, aos sensores de última geração, cujas características possibilitam o reconhecimento de alvos em profundidade, não se limitando ao reconhecimento de imagem

O levantamento detalhado de dados de inteligência e o monitoramento de áreas estratégicas são algumas das atividades desempenhadas pela Aviação de Reconhecimento da Força Aérea Brasileira (FAB), cuja data comemorativa é celebrada em 24 de junho.

Equipados com aeronaves dotadas de sensores e radares de alta tecnologia, o Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAV) – Esquadrões Poker, o Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV) – Hórus e o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV) – Guardião estrategicamente localizados em Santa Maria (RS) e Anápolis (GO), atuam como os olhos da FAB, detectando ameaças e protegendo a integridade do território nacional, como ocorreu, recentemente, na Região Sul do Brasil, onde atuaram nas ações de reconhecimento aéreo em apoio à Operação Taquari 2, na qual o Esquadrão Poker utilizou duas aeronaves A-1M, uma para sensoriar os alvos do setor central, norte e oeste do estado e outra para sensoriar alvos na região de Bento Gonçalves e Canela, localizado na Serra Gaúcha.

Em nível nacional, a Aviação de Reconhecimento se organiza em dois grandes grupos de ações que são cruciais para a missão da FAB: a manutenção da soberania do espaço aéreo e a integração do território nacional.

Para manter a soberania do espaço aéreo, a principal atividade da Aviação de Reconhecimento é gerar produtos de inteligência que auxiliem na tomada de decisão em diferentes níveis: tático e operacional, a curto prazo; e estratégico e político, a médio e longo prazo.

No que diz respeito à integração do território nacional, o reconhecimento contribui fornecendo imagens utilizadas em diversas situações, como o monitoramento e análise de invasão de fronteiras, crescimento urbano, modelagem digital de superfície, cursos de rios, queimadas, desmatamento, pistas clandestinas, e garimpos, entre outros.

Além disso, a vigilância aérea desempenha um papel fundamental em eventos de grande porte, como Jogos Olímpicos, Copa do Mundo e outras Operações Interagências, como as de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), entre muitas outras de relevância nacional.

Esquadrões de Reconhecimento
Esquadrão Poker: Precisão e Tecnologia em Prol da Defesa Nacional

Uma das unidades mais tradicionais da Aviação de Reconhecimento da FAB, sediado na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o Esquadrão Poker é especializado em missões de reconhecimento tático e vigilância eletrônica.

Equipado com aeronaves A-1 AMX modernizadas, o Esquadrão Poker realiza missões de reconhecimento aéreo, inteligência e apoio aéreo aproximado. As aeronaves A-1 são equipadas com sensores avançados e sistemas de radar capazes de detectar e identificar alvos a longa distância, além de câmeras de alta resolução que capturam imagens detalhadas do terreno. Essas capacidades permitem que o Esquadrão Poker forneça informações precisas e em tempo real aos comandantes no solo, facilitando a tomada de decisões estratégicas.

Esquadrão Hórus: Inovação e Flexibilidade com Aeronaves Remotamente Pilotadas

O primeiro Esquadrão de Reconhecimento e Ataque, conhecido como Esquadrão Hórus, representa a vanguarda da inovação na Aviação de Reconhecimento da FAB. Operando a partir da Base Aérea de Santa Maria (BASM), o Esquadrão Hórus é especializado no uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), com a utilização do RQ 900.

As ARPs do Esquadrão Hórus são equipadas com sensores de última geração, incluindo câmeras infravermelhas e radares de alta resolução. Essas aeronaves têm a capacidade de realizar missões de reconhecimento, vigilância e coleta de dados em ambientes hostis e de difícil acesso, tudo isso sem colocar pilotos em risco.

O Esquadrão Hórus se destacou em missões de monitoramento ambiental na Amazônia, ajudando na identificação de desmatamento ilegal e na localização de focos de incêndio. Além disso, suas capacidades têm sido essenciais no apoio a operações de segurança pública, fornecendo informações críticas em tempo real para forças policiais e de segurança em todo o país. Com a flexibilidade e a versatilidade das ARPs, o Esquadrão Hórus pode operar em uma ampla gama de cenários, desde missões de combate ao crime organizado até missões de resgate e ajuda humanitária.

Esquadrão Guardião: Da Pátria, os olhos! Selva!

Incorporado em 18 de janeiro de 2000 à Base Aérea de Anápolis (BAAN), o 2º/6º GAV, ponta de lança do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), constitui-se em um dos mais importantes elos da desafiante tarefa de vigiar e proteger uma das mais estratégicas regiões do País, a Amazônia Legal. É responsável pelo planejamento e execução de ações de Controle e Alarme em Voo, além de Reconhecimento Aéreo.

Com informações de Agência Força Aérea/Tenente Eniele Santos

Assista aqui ao videoclipe em homenagem ao Dia da Aviação de Reconhecimento
Auxiliar na manutenção da soberania do espaço aéreo, gerando produtos de inteligência para apoiar nas tomadas de decisões, seja no nível tático e operacional ou estratégico e político, em curto, médio e longo prazo.
Além disso contribui com imagens para o monitoramento e análise de invasão de fronteiras, crescimento de cidades, cursos dos rios, queimadas, desmatamentos, garimpos, entre outros.
Essas são algumas das ações realizadas pela Aviação de Reconhecimento da Força Aérea Brasileira (FAB), que comemora 77 anos no dia 24/6.